quinta-feira, janeiro 18, 2007
Sexta a noite joão começou com febre de 38,0ºC. Aqui, não há medicos . Há médicos, mas são daqueles médicos, que não colocam a mão em você, que não te escutam.
Levei Mariana com dor no peito à santa casa, sem que ela soubesse que tinha prolapso da válvula mitral, portanto não estava fingindo, e essa dor foi quem me fez levá-la ao cardiologista.
Ela ficou lá em observação a tarde inteira, tomou um tylenol ,sem qua a medica colocasse a mão ou os olhos nela. A medica a examinou horas depois, e me disse que prolapso não provoca dor e que só em alguns casos é cirurgico. Mas Mariana sente dor no peito e minha manicure tambem.
Voltando ...
Depois que João começou a melhorar, eu fiquei 3 dias de cama, vivendo dias de rainha, da cama pro trono do trono pra cama,e chamando o Raul... e sem comer nada. Pelo menos perdi 3 kg dos 15 que eu ganhei.
Quando melhorei, minha mãe que é hipertensa e toma 3 remedinhos por dia, estava com as pernas inchadas foi ao farmaceutico mais proximo e ele indicou lasix 40mg, minha mae lhe disse que era hipertensa e disse-lhe os remedinhos que tomava, diante da segurança dele em dizer que não haveria problema em tomar ela chegou em casa e tomou.... 2 comprimidos.
Deu entrada no hospital, com os labios roxos e pressão 7 por alguma coisa. Segundo a enfermeira ela estava morrendo, que os sintomas seguintes seriam cãimbras e depois parada cardiaca e morte... mamae teve cãimbras tbm..
Mamãe disse que ja estava vendo vaga-lumes rsrs..
Que raiva que eu senti... ela não nos falou nada que tomou o remedio e nem que estava se sentindo mal.
Ela se sentou no sofa e disse que começou a se sentir estranha, eu estava no pc e ela passou correndo por mim como quem vai atender ao telefone.
Como ela estava no portão conversando com minha senhoria e olhando as crianças brincar na rua, achei que a corridinha era por isso...ela faz isso de vez em quando.
Daí escutei meu filho dizer ao meu pai:
- Vô, D. Graça (minha senhoria) está te chamando.
Eu achei aquilo muuuito estranho, já que mamae estava lá fora e nossas obrigações para com a casa dela, estão todas em ordem.
Eu me levantei e quando cheguei ao corredor MAriana entra e diz :
Vôôôôô, D. Graça esta pedindo os documentos da minha avó.
Eu já estava na varanda perguntando a ela, pela minha mãe.
Nisso vejo seu genro, sua filha e marido carregando minha mae, para o carro.
Corri a te ela e perguntei, mãe o que houve? O que vc tem?
Ela estava geladinha...e suava...estava molhada.
Ela me disse em um fio de voz..:
-Não sei...
Enquanto a colocavam no carro e entravam..
eu disse a ela:
Não fica nervosa, respire fundo, eu estou indo pro hospital...
Nisso meu pai que fica desgovernado, subia na calçada com o carro e quase atropelava o povo, que já vinha ver o que estava acontecendo.
Enquanto eu fui me vestir e tentar sair de casa pq depois eu entrei em panico, papai chegava pedindo os documentos. Sim ele ficou tão desorientado que foi pro hospital sem os documentos dela.
Eu os peguei e o contrariando, fui com ele para o hospital. Minha senhoria ficou olhando João e mariana. PApai fica com raiva de mim á toa.
Foi de cara feia e me respondendo entre os dentes até o hospital, quando nos aproximavamos, pedia ele os documentos e ele me disse gritando:
-Eu não acredito, voltei em casa pra pegar os documentos e vc não trouxe?
-Estão com vc papai. pegou da minha mão.
-Não peguei...
falando isso parou o carro e enfiou a mão no espaço que há na porta do carro, onde ele costuma depositar moedas e lá estava a carteira.
-Está aqui..
e zangado continuamos nosso caminho.
Lá, eu encontrei com a filha da minha senhoria, e logo chegou minha amiga Cris. Apanhou a moto da irmã e correu pra lá. Aqui as mulheres andam muito de moto. A maioria tem uma.
Ela me perguntou sobre a mamae e eu disse que havia acabado de chegar.
A filha da minha senhoria disse que achava que eu não poderia entrar.
Cris fez uma carinha como quem diz... veremos...
entrou e logo me chama de uma janelinha. Eu entro, ela me abraça, me beija, beija minha mae e diz:
- queria ver elas me impedirem de entrar.
Eu disse a eles que vcs são do Rio, e que não tem ninguem aqui, e que eles não a deixassem só.
Minha mãe foi muuuito bem tratada no no mesmo hospital onde eu não gostei do tratamento.
Minha mae passou a noite lá e como ela estava na emergencia de um hospital publico, (unico na cidade) e eu não poderia ficar com ela, e ja que ela estava melhor, fui em casa.
Coloquei os pequenos pro banho, servi o jantar pros 3 esperei dar meia-noite, pra dar o remedinho do João e depois parti pro hospital.
Cris me ligava a toda hora e me dava noticias da mamae, ela mora na rua do hospital e a toda hora ia dar uma olhadinha nela..rs
Como tudo estava sobre controle, saí de casa por volta de 1:00 da manhã.
Estava com medo, mas eu precisava ir lá. Era minha mãe.
A rua estava deserta, quando dobrei a esquina, um vento morno começou a soprar, e isso aumentou o meu medo.Mas, prossegui.
Quando dobrei a proxima rua, um cachorro uivou e isso logo me lembrou os filmes de terror.
Me fez lembrar tbm de um estuprador de uma cidade proxima. Aqui há muitos. MAs eles logo somem... o povo dá um jeito neles.
Continuei andando estava na rua ao lado do hospital, passei em frente ao asilo e logo passei pela funerátia, senti um arrepio, passei pela outra funeraria e corri pra dentro do estacionamento do hospital. Meu medo logo desapareceu.
Um segurança barrigudo e andando mais devagar que tartaruga apareceu, uma faxineira lavava a frente da emergencia e a enfermeira ao inves de estar no ambulatório, papeava com a recepcionista na recepção.
Me identifiquei e ela me deixou ir ver minha mãe que dormia tranquilamente, mesmo com o cateter para lhe ministrar o soro.
Fiquei sentada, num banco de cimento ate as 3:00 da manhã. Ouvi minha mae tossir e nada da enfermeira ir ve-la. Como ela havia me sugerido ir embora, eu lhe disse que iria, mas antes queria ver minha mãe.
Quando entrei mamae ainda tossia e dormia.
Dei-lhe um beijinho e ela acordou.
Lhe ofereci agua, que ela aceitou prontamente.
Dei-lhe e fui embora.
Disse a ela que viria e ela...
-a essa hora??Pede seu pai pra vir te buscar, eu vou ficar preocupada.
-Tá, mae vou ligar pra ele.
-Não vai nada, vc vai sozinha pra não incomodar a ele.
-Vou ligar sim, prometo.
E liguei... ele me disse que iria me buscar em 5 minutos.
Quase 20 e nada, resolvi ir andando. Achei que havia entendido errado.
PAssei em frente a funerária e parei na esquina que formava uma encruzilhada... senti medo e voltei para a porta do hospital.
O segurança passou por mim e foi andando, pela rua deserta na direção que eu precisava ir, fui atras dele, meu salto fazia barulho na rua que é de paralelepipedos, ele olhou pra tras e eu estava em frente a funeraria, ele acelerou o passo e passou pela encruzilhada.
Eu não via alternativas pra mim, dobrei a esquina e fui andando com a chave na mão, de um jeito que se algum maluco aparecesse eu cravaria chave .
Longe eu ouvia um carro cantando pneus quando eu ia dobrar a proxima esquina meu pai surge em alta velocidade, e quase me atropela..rsrs
-Eu não achava a chave da porta da garagem.
Fomos pra casa, e eu estabanada que sou quase acordei a cidade abrindo os portões.
Me sentei no pc que estava ligado e disse ao meu pai, que mamae receberia alta as 8:00.
E ele disse que não acordaria cedo nem com despertador, e eu muito menos.
Mandei ele se deitar que eu ficaria acordada e comecei a escrever esse POST, que acabou ficando esquecido.
Preciso arrumar um jeito de não ser tão prolixa... desculpem meu rascunho... rsrsrs